21 junho, 2009

Da faculdade, das férias, da vida.

Agora falta pouco, muito pouco.

Mas ele ainda precisa passar por mais esta semana para se ver livre: mais alguns peças forenses, mais algumas teses, mais algumas alternativas, mais algumas frases construídas em poucas linhas onde o pensamento e a explicação quase não cabem...

No começo era diferente. Muita teoria, quase nenhuma prática. Todas as dúvidas misturavam ambas. Aos poucos uma foi se ajeitando a outra (como a carga de um caminhão de melancias, segundo um professor) e pronto: vida profissional here I go.

O que há lá fora depois do baile de formatura e da sensação de dever cumprido após esses 5 desgastantes anos?
Essa é a a dúvida que o persegue desde o primeiro dia de aula quando a pergunta que jamais terá uma resposta definitiva e que vai lhe perseguir para todo o sempre lhe foi feita: O que é Direito?
Aos poucos aprendeu que junto a ela vem uma outra: O que é Justiça? Que igualmente não possui uma resposta precisa e definitiva.

Essa é a semana mais tumultuada quando se é universitário. Tem que dar tempo de tudo, tempo de conciliar a vida pessoal com a profissional e a acadêmica. Se tiver uma vida afetiva então ai ai ai...

Apesar de todos esses pesares, ele ama isso tudo. Não o herdou de ninguém e isso faz com a paixão que sinta pela disciplina da convivência humana seja mais forte.
Tira proveito de cada lição que lhe é passada e inquieta-se quando não está intelectualmente ativo. Não suporta tal preguiça.

Pronto, acabou. Lá se foi ela, temível, levando consigo esperança de ter obtido sucesso nas provas sob as quais passou.

Começo de férias. Como ele sabe? Simples: olha para o céu e vê os pipas.
Época de pipa, o céu tá cheio. 14 anos atrás ele ainda estava ali no meio. Correndo atrás, gritando, xingando (aprendeste cedo esta parte da gramática da nossa língua).
A vida era, além de ir a escola, levantar cedo todo o sábado (quem dera ter mantido este costume até hoje) e jogar bola o dia inteiro (outro costume que não foi mantido, mas por causa da rotina) com apenas uma pausa rápida para "engolir" o almoço.

O tempo passou. E apesar do maior domínio que ele possui sobre este, não lhe é mais tão possível controlá-lo da forma que gostaria. Mas, pensando bem, acredita ter vivido tudo o que lhe foi possível da melhor maneira.
Hoje e agora a vida é outra.

Há quanto tempo ele já não faz uma daquelas viagens sem destino com a mochila atada às costas? Por que não a faz agora, já que gosta tanto disso?
Não vai dar, vão ser mais 2 anos sem ela que somando-se aos outros 3 anteriores dão 5. Quanto tempo já...

Não, ele não se lamenta. Afinal cada uma dessas situações das quais ele se recorda com saudade faz com que ele não se arrependa de nada e tampouco de nenhuma delas. E, ainda, tenha mais força para seguir em frente. Afinal, ele quer ter mais e mais essa tal "bagagem de vida".

Saudades... É... Hoje, definitivamente, elas resolveram virem me visitar.

2 comentários:

  1. Hahaha... Quanta coisa a gente é meio 'obrigado' a renunciar na vida, né?

    'Saudades' é a palavra que eu mais tenho usado ultimamente...
    Fora o "eu era feliz e não sabia"...
    Quer dizer... A gente tem que mudar, né?
    E é bom que você não se lamenta... É sinal que gosta da mudança.
    Eu não. Vivo muito de passado =/

    Gostei do texto.

    Beijão

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  2. Vamos, só mais um pouquinho q as férias já estão chegando...
    E para conseguir aguentar tudo, nada melhor do que uma pizza na quinta após a prova ou um peixe na sexta depois de ter escrito muito nas provas e fechar a noite com um café sentados em um sofá...

    Sim, tem muitas coisas que deixamos para trás, algumas dão saudades, outras nem tanto, mas o importante é poder olhar pra tras e ter certeza que aproveitamos cada momento que se passou sem muitos arrependimentos.
    E o melhor de tudo, que com o passar do tempo vamos conhecendo pessoas novas, fazendo novas amizades, alguma ficam outras vão, mas as que realemente importam permanecem sempre do nosso lado.Podem não estar mais conosco no nosso dia a dia, mas sabemos que podemos contar. Pq no final, o q realmente importa é quantas pessoas nós conseguimos tocar e fazer a diferença...

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Rala aqui ó!